Editors - Well worn hands VS Urbano Depressivos

Há muitos anos atrás, não numa galáxia distante, mas numa realidade espacio-temporal completamente distinta da actual, vários grupos, tribos ou qualquer outro nome que se dê a um conjunto de pessoas ligadas por filosofias, gostos, modas, músicas, formas de estar pensar e sentir e demonstrar o que sentiam, ligadas também por laços que ainda hoje perduram, nasceram os Urbano Depressivos.

Facilmente identificáveis pelas roupas negras e o ar algo mais limpo que os Punk, passeavam os seus sentimentos como quem sai de casa para um longo exilio.

Tudo era negro e escuro, mas feliz. Ok, duma felicidade que não se cantava sem ser com letras depressivas mas lindas, uma felicidade que não precisava de mais cor que a ausência dela, e uma felicidade que, e como prova disso temos autores cantores e escritores de séculos e anos há muito passados, se transmitia da boca ao ouvido de uns quantos.

Descobri há dias que na altura em que me iniciei como Vanguardista, também no Brasil alguém fazia o mesmo. E partilhámos histórias, vivências e toda uma vida como se na mesma casa tivessemos vivido.

Sim, fui, sou e serei um Vanguardista, um Urbano Depressivo, um amante de músicas em que a felicidade mais que uma palavra ou um sentimento, é uma forma de introspecção. Não, não deixei de ouvir Joy Division, Nick Cave, The Clash nem nenhum dos outros com que cresci, mas é feliz que vejo hoje aparecerem (e não poucos) novos e bons exemplos desta urbana depressão que nos arrepia ao som de cada acorde mais pesado.
Estes rapazes, a par de outros, são a prova viva que há coisas que nunca morrem.

Conan - O rapaz do futuro

Sem palavras.......
De Hayao Miyazaki.